A UNIVERSIDADE Eduardo Mondlane (UEM) vai implementar um projecto na Ilha de Inhaca que visa a produção agro-pecuária e conferir uma maior sustentabilidade àquela parcela da cidade de Maputo.

Para o efeito, a mais antiga instituição do Ensino Superior em Moçambique deverá mobilizar recursos junto de seus parceiros, orçado em dois milhões de meticais (cerca de 33 mil dólares ao câmbio corrente), para a implementação do projecto, que também inclui a maricultura.

O reitor da UEM, Orlando Quilambo, que anunciou o facto durante a XII sessão ordinária do Governo da cidade de Maputo, ocorrida esta semana, explicou que a proposta do plano de intervenção na Ilha de Inhaca, com uma duração de 12 meses, prevê a introdução de uma agricultura de conservação baseada na produção de hortícolas, numa área de 700 hectares.
“Por causa das dunas que predominam esta área, que é também muito reduzida, não se pode praticar a agricultura extensiva. É preciso ter métodos que permitem uma melhor produção como agricultura de conservação”, disse.
“O Governo da cidade sugeriu-nos a encontrar alternativas para que a ilha possa, nas condições em que se encontra, produzir um pouco mais. Foram dadas orientações para que a produção agrícola seja sustentável permitindo manter a ilha a produzir sem a sua destruição”, acrescentou.
Quilambo revelou também que será implementado um outro projecto denominado “Plano Integrado do Desenvolvimento da Inhaca”, que assenta na promoção do turismo, numa área definida.
O referido projecto, que será implementado ao longo de 10 anos, será aprovado brevemente pelas autoridades municipais e poderá ser determinante na geração de receitas através do turismo.
“Este plano divide a Ilha em diferentes regiões desde áreas reservadas ao turismo, hotéis, campo de jogos e algumas áreas para a agricultura. Inclui o turismo como uma das suas áreas prioritárias”, explicou o reitor.
Na mesma sessão foi apresentado o plano de restrição de abastecimento de água na cidade capital do país. -AIM

 

Fonte: Jornal Noticias 06/07/2017